Profissionais de Fonoaudiologia: parabéns pela data!
9 de dezembro de 2015 Deixe um comentário
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
9 de setembro de 2014 Deixe um comentário
Confira neste vídeo os depoimentos das professoras Ana Luiza Navas e Alessandra Spada Durante e da aluna Victória Girão sobre a 12ª Jornada Acadêmica do Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
15 de julho de 2014 Deixe um comentário
A audição é um dos sentidos mais importantes para o ser humano. No caso das crianças, interfere no aprimoramento da linguagem, uma vez que qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, tem impacto no desenvolvimento infantil.
“Podemos considerar a surdez como uma alteração bastante prevalente, já que três recém-nascidos em cada mil nascimentos sofrem com essa alteração na audição. Em função disso, o teste a orelhinha se tornou obrigatório por lei. Trata-se de um exame rápido e indolor que avalia o funcionamento da cóclea, que é a parte auditiva do ouvido interno”, explica a Dra. Alessandra Durante, professora adjunta do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Caso o bebê tenha uma indicação de risco auditivo, são verificadas situações como: tempo internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), dificuldades de respiração ao nascer, se a mãe teve alguma infecção muito importante durante a gestação ou, até mesmo, casos de surdez na família. “Com base nas informações identificadas, em complemento ao teste da orelhinha, é recomendada a realização de um exame chamado potencial evocado auditivo, em que é avaliado o nervo auditivo”, afirma a Dra. Alessandra.
Para assegurar a precisão no diagnóstico, o bebê ainda faz um reteste após um mês de vida, pois o resultado positivo pode ocorrer devido à presença de uma secreção conhecida como vérnix que, com o passar dos dias, pode ser absorvida pelo corpo da criança. “Após a constatação da perda de audição, o fonoaudiólogo atuará na seleção, na adaptação da prótese auditiva e realizará a terapia para adequar, corrigir e ajustar o uso dessa prótese com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento da criança”, acrescenta a professora.
O fonoaudiólogo também orientará a família e irá monitorar o desenvolvimento da criança. “O ideal é que até o sexto mês seja iniciada a intervenção, com o uso da prótese, assim o bebê terá a oportunidade de se desenvolver de maneira considerada normal ou muito perto da normalidade”, finaliza.
Texto originalmente publicado no boletim Conectar, edição 45, em 15/7/2014. Assine nossa newsletter: http://www.fcmsantacasasp.edu.br.
5 de junho de 2014 Deixe um comentário
Pesquisa realizada pelo departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo aponta que a utilização de um equipamento inédito no Brasil facilita a avaliação da saúde auditiva da população. O HEARLab é uma promissora ferramenta clínica que não exige a participação ativa do paciente durante o exame em deficientes, idosos e bebês e permite a correção e ajustes nos aparelhos amplificadores para pessoas com perda de audição. O HEARLab foi desenvolvido pelo National Acoustic Laboratory (NAL), divisão de pesquisa da Australian Hearing, instituição governamental australiana. O inovador equipamento utiliza eletrodos que são colocados na cabeça do paciente, disponibilizando uma análise estatística automática da resposta cortical.
“O paciente escuta um som por fone ou em um ambiente específico para o procedimento. Caso ele esteja usando aparelho auditivo, o som é apresentado em uma caixa acústica, que pode ser um estímulo de toque de campainha (tonal) ou de fala. Os eletrodos vão captar as respostas do nervo auditivo, já na chegada ao córtex, por isso é chamado de potencial cortical, ou seja, o final da via auditiva. As respostas são obtidas próximas ao local em que são geradas e podem ser registradas com a pessoa acordada”, explica a Dra. Alessandra Durante, professora adjunta do curso de Fonoaudiologia da Faculdade Santa Casa de São Paulo e uma das coordenadoras da pesquisa.
De acordo com a Dra. Alessandra, o HEARLab não visa substituir o exame de audiometria, em que o paciente deve estar alerta aos sons. “Esse aparelho é direcionado para aqueles que por alguma razão não conseguem participar do procedimento, por exemplo, bebês, idosos e pessoas com deficiência”, afirma.
Para quem apresenta perda auditiva e utiliza o aparelho de amplificação, o exame permite o ajuste dos equipamentos, melhorando sua qualidade. “O indivíduo coloca a prótese, a emissão de sons é feita e se verifica a resposta do córtex auditivo. Caso não esteja correta, podemos realizar adequações e checar se existe a melhora do amplificador”, afirma.
Segundo a professora, é comum pessoas se queixarem de que não conseguem fazer bom uso do aparelho auditivo. “Em alguns pacientes, ele gera desconforto e irritação, sendo necessária uma regulagem. Nesse exame, temos as repostas do que precisa ou não ser amplificado, pois se trata de um ajuste muito preciso”, explica.
Os estudos foram realizados entre os anos de 2011 e 2013. O projeto avaliou 22 adultos com perda auditiva sensorioneural bilateral simétrica de grau moderado a severo, usuários regulares de prótese auditiva bilateral, e outros 31 adultos com audição normal.
“A conclusão de projeto foi ótima. O equipamento oferece vantagens na avaliação por apresentar respostas que trazem valiosas informações sobre a percepção do estímulo auditivo. Nosso próximo passo será testá-lo em crianças de 0 a 6 meses. Somos os únicos no Brasil a contar com esse aparelho, assim, a ideia é incorporá-lo na prática clínica o mais breve possível”, finaliza.
Texto originalmente publicado no boletim Conectar, edição 42, em 4/6/2014. Assine nossa newsletter: http://www.fcmsantacasasp.edu.br.
21 de março de 2013 Deixe um comentário
Conforme dados do Ministério da Saúde, o Brasil possui hoje 300 mil pessoas com Síndrome de Down. No passado, sua expectativa de vida era, em média, de 20 anos. Em virtude do avanço dos tratamentos médicos, existem hoje casos de indivíduos que chegam e ultrapassam os 60 anos.
De acordo a Dra. Sandra Cristina Fonseca Pires, professora instrutora do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, uma das principais causas da morte precoce era a cardiopatia, disfunção no coração que acomete 60% dos nascidos com Síndrome de Down. “Antigamente, as crianças ficavam dependentes de remédios e acabavam tendo uma expectativa de vida muito baixa, pois não existia estrutura médica capaz de reverter o quadro cardiopático. Hoje, a operação para corrigir esse problema acontece nos primeiros anos de vida”, diz.
A Síndrome de Down é uma alteração genética resultante da presença de um cromossomo a mais, o par 21, por isso, também é conhecida como trissomia 21. A maioria das pessoas com o problema apresenta a denominada trissomia 21 simples, o que significa que um cromossomo extra está presente em todas as células do organismo, devido a um erro na separação dos cromossomos 21 em uma das células dos pais. Este fenômeno é conhecido trissomia simples ou não-disjunção. Existem mecanismos que levam à ocorrência da trissomia do cromossomo 21: mosaicismo, que ocorre quando a trissomia está presente somente em algumas células e, por translocação, quando o cromossomo 21 está unido a outro cromossomo.
Segundo a doutora, pessoas com Síndrome de Down devem ter o acompanhamento de um médico clínico, endocrinologista, oftalmologista, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo e terapia ocupacional. “O psicólogo também é importante, principalmente, para ajudar o paciente na passagem para a adolescência e posteriormente para a fase adulta”, afirma.
A professora explica que pessoas com Síndrome de Down podem ter filhos, porém, há uma preocupação entre os especialistas uma vez que o déficit cognitivo da pessoa com Síndrome de Down pode interferir nesse processo. “Não existe a compreensão clara das situações, pois, pelo prejuízo intelectual, eles podem não apresentar a maturidade necessária para terem um relacionamento sexual com os seus devidos cuidados, nem a percepção clara das responsabilidades de se gerar um filho”, analisa.
A especialista destaca que, quando um dos membros do casal apresenta o problema, existem 50% de chances de a criança nascer com a Síndrome. Já se o pai e a mãe tiverem a alteração, as probabilidades chegam a 80%.
No que diz respeito ao mercado de trabalho, a Dra. Sandra informa que as empresas estão abrindo espaços para eles e há relatos de pessoas que chegaram a cursar faculdade. “Há muitas oportunidades profissionais em cargos auxiliares, por exemplo, porém com algumas restrições nas atividades a serem exercidas”, conclui.
Texto originalmente publicado no boletim Conectar, edição 13, em 19/3/2013. Assine nossa newsletter:http://www.fcmsantacasasp.edu.br.